





Foi um jogo histórico. Inesquecível.
Na última quarta-feira, dia 21 de maio de 2008, vai ficar marcado na história do clube mais rico do mundo, o Manchester United. Os ingleses ganharam pela 3ª vez a Liga dos Campeões e com toda justiça. Foi o melhor time da temporada na Europa, tem o melhor jogador do mundo da atualidade e não perdeu nenhuma partida na competição. Se alguém acha que esse título não foi justo, realmente não acompanhou o futebol de continente europeu. O Chelsea por sua vez, ficou vice para os Reds por duas vezes seguidas. A primeira no campeonato Inglês. A segunda, agora, na Champions. Mas os Blues não precisam ficar cabisbaixos. Fizeram uma temporada muito boa e disputou todos os principais torneios até o final. Parabéns ao Manchester e a Cristiano Ronaldo, que convenhamos, vai ganhar o título de melhor do mundo promovido pela FIFA. A festa da entidade maior do futebol deverá acontecer em dezembro.
E a Copa do Brasil vai chegando na reta final. Emocionante, o caminho mais curto para a Libertadores promete ter duelos de arrepiar. As semis estão decididas. Botafogo, Corinthians, Sport e Vasco estão nelas. Há alguns dias atrás, fiz um post dando meus pitacos sobre quem se classificaria, e acertei todos. Nem todos os jogos eram previsíveis. Vasco tinha o confronto teoricamente mais fácil e passou com tranquilidade. Corinthians enfrentou um adversário que costuma ser uma pedra no seu sapato. Mas também não viu dificuldades. Botafogo mesmo sendo muito superior passou com muito sufoco pelo Atlético/MG. O time dirigido por Cuca, não faz uma boa partida desde a final da Taça Rio contra o Fluminense. O Sport que pra muita gente foi uma surpresa, pra mim não foi. Os pernambucanos estão entosados, jogando muito bem e conta com uma fase espetacular de Romerito. E olha que ele não jogou ontem. Agora os confrontos estão decididos e o sorteio para ver a ordem já foi feito pela CBF. Sport e Vasco fazem o primeiro jogo na Ilha do Retire, Pernambuco. O Corinthians decide em "casa"(Morumbi) contra o Botafogo. Vamos lá para os pitacos novamente.
O suspense do jogo começou logo nas escalações. Murici não tinha confirmado a presença de Jorge Wagner, e Renato não tinha confirmado a de Dodô. Acabou que Jorge Wagner não jogou e Dodô foi a campo. O técnico do Flu optou por sacar Conca e colocar o atacante, no intuito de preencher o meio campo com Arouca e Cícero, e sair na velocidade com Thiago Neves. Opção errada. Murici, inteligentemente, escalou o São Paulo com três zagueiros, com Zé Luís fazendo a cobertura de Alex Silva e Miranda. Fábio Santos foi escalado para anular Thiago Neves, e os zagueiros anularem os dois centroavantes, Dodô e Washington. Opção correta de Murici.
A pressão são paulina nos primeiros minutos foi avassaladora. O time do Fluminense não passava do meio campo. Thiago Neves apanhava da bola, quando conseguia domina-la, Fábio Santos estava na sua cola. Com Adriano em noite inspirada, o São Paulo não demorou muito para assustar os cariocas. Depois de tabela com Dagoberto, Adriano soltou um balaço em direção ao gol de Fernando Henrique que defendeu de forma esquisita. A 'blitz' não parou por aí, e aos 19 minutos depois de uma falha conjunta da defesa (Gabriel -errou ao centralizar demais na marcação-, Ygor-errou na cobertura de Gabriel- e Fernando Henrique-errou pela 3° vez seguida ao espalmar uma bola pro meio da área-.) Dagoberto chutou, o goleiro espalmou e Adriano só empurrou pras redes. No primeiro tempo, o tricolor paulista ainda podia ter feito mais gols, não aproveitou a superioridade e foi pro intervalo com o 1x0.
No segundo tempo, Renato Gaúcho insistiu na escalação e voltou sem modificações. Murici fez o mesmo, mas a postura dos dois times mudou. O Fluminense ficava mais com a bola no pé e tentava impôr o seu ritmo de jogo, e o São Paulo esparava o Flu em seu campo. Poucas eram as vezes em que a marcação do São Paulo ocorria na frente da zaga Tricolor. Apesar de ficar muito mais tempo com a bola, o Flu não tinha velocidade nem volume de jogo para penetrar a boa marcação imposta pelo time de Murici Ramalho. Fábio Santos não deixava Thiago Neves jogar, Washington e Dodô eram nulos no ataque, e Gabriel e Júnior César estavam mais preocupados em marcar do que atacar; dessa maneira os ataques do Fluminense eram escassos.
Na metade do segundo tempo Renato Gaúcho tentou se redimir e tirou um péssimo Thiago Neves (deu somente um chute perigoso ao gol e mais nada) e colocou o argentino Darío Conca. O meio campo do Flu ganhou em velocidade e disposição. Correndo e lutando bastante, Conca mudou a cara do meio campo do Flu, mas ainda era pouco, somente ele não tinha como penetrar a zaga são paulina. Num dos pouquíssimos ataques dos paulistas, Roger falhou e Adriano tocou para Dagoberto que chutou por cima. Mais uma importantíssima chance perdida. Daí pra frente o resultado parecia satisfatório para ambas as equipes. Num belo lance, o argentino Conca ainda tentou marcar o seu mas não foi possível.
Coritiba x Palmeiras
Ontem iniciou-se mais uma saga dos clubes brasileiros em busca do título do torneio mais disputado do mundo. O Brasileirão começa com seu charme, seus jogos sempre duros, polêmicas e muito, mas muito futebol. São 20 clubes na disputa pelo primeiro lugar, por 4 vagas na Libertadores e outras 8 para a Copa Sul-Americana. E a tão temível zona de rebaixamento que credencia os 4 últimos colocados a disputar a dificílima série B. O Campeonato Brasileiro sempre recebeu o título de competição mais disputado pelo grande número de times que possuem chances de serem campeões. Alguns mais favoritos que outros. Outros que precisam vencer para recuperar o primeiro semestre perdido. Está começando o show de bola no Brasil.
Contagiados pelo clima de festa, o time de Joel jogava como se estivesse numa partida comemorativa. Para não mudar muito do usual, Souza perdia gols a rodo. Eis que 20 minutos, num belo chute Cabañas abre o placar; 1x0 América do México. Logicamente que a torcida esperava que o time fosse controlar a partida e fazer o gol que praticamente acabaria com qualquer chance do América, certo? Certíssimo, somente a torcida. Os jogadores ainda estavam anestesiados pelas homenagens ao técnico que ia embora. Talvez o próximo baque os acordaria. Aos 38 Esqueda, em contra-ataque mortal amplia o placar. Como pode um time que joga com o resultado na mão, podendo perder de 2x0, leva um gol num contra-ataque absurdo? Ah, é o imponderável, segundo Kléber Leite.