quinta-feira, 19 de junho de 2008

A volta e o desabafo de um torcedor!

Galera, voltei!
Depois de semanas sem postar devido a correria de final de semestre, prometo que voltaremos a postar com mais frequência.
Infelizmente volto para comentar sobre a seleção brasileira. Durante todos os jogos que aconteceram esses dias envolvendo os selecionados de Dunga, cada um me irritou mais que o outro. Contra o Canadá foi uma lástima, apesar da vitória, a atuação foi pífia. Contra a Venezuela, sofrível. Contra o Paraguai o ápice; e contra os hermanos, a coroação dessa curta temporada de jogos que eu espero que tenha fechado o caixão do pseudo-técnico no cargo de comandante da seleção.

O jogo contra o Paraguai foi impressionante. Nunca vi uma seleção tão sem alma, sem brilho, sem tudo! Nada me convence que Gilberto,Gilberto Silva, Josué e Mineiro são jogadores de seleção. "Alguns" vêem me dizer que é um projeto que está sendo feito, com visão para a Copa de 2010. Todos eles têm uma idade mais avançada, acima dos 30 anos. Não me venha com esse papo de renovação. Se fossem excepcionais jogadores tudo bem, mas será mesmo que Lucas, Anderson, Hernanes ou Marcelo não são melhores do que eles?

O torcedor/narrador/comentarista Galvão Bueno não parava de dizer que o Brasil não podia jogar como time pequeno, pois se mostrava acanhado com a escalção de três volantes. Em certa ponto ele está correto, nenhum dos três volantes têm a força ofensiva necessária para chegar de forma efetiva ao ataque. Mas uma escalação com Lucas, Hernanes e Anderson certamente mostraria uma força ofensiva digna de seleção brasileira e, treinado de maneira correta, poderia formar um time coeso. Não adianta só saber marcar, ou somente driblar, têm que ser um jogador polivalente, diversificado. Qual desses três acima citados (os abaixo de 30) que você nunca ouviu falar que marca bem e sabe sair jogando? Qual dos três nunca fez um belo gol? Qual dos três nunca roubou uma bola no meio-campo e armou um contra-ataque com precisão?



O nome do esquema, a numeração (4-4-2, 3-5-2, etc...) é sempre relativo, dependendo da atitude e da movimentação do grupo de jogadores em campo. Essa é uma característica nula nos jogos da seleção. Não existe um time bem treinado. Não existe padrão de jogo. Não existe a mão de um técnico competente evidente nas atuações. A impressão que nos dá é que as vitórias vêem por causa dos jogadores talentosos (final copa américa) ou a fragilidade do adversário (Equador no Maracanã).


Eu ainda nem comecei a falar do jogo de ontem, quero me ater as convocações e outras "picuinhas"; algumas não me passam pela garganta.
  • Será mesmo que a zaga titular deve ser Lúcio e Juan?
Não é possível que ninguém veja o zagueiro do Fluminense, Thiago Silva. Eu sei que muitos vêem. O grande jornalista PVC disse a pouco tempo que Thiago era um dos melhores do mundo. Quando eu dizia isso (antes dele falar) todos riam da minha cara. Não tem por quê, Thiago está sim entre os melhores do mundo. Uma coisa que PVC falou que é muito interessante é a seguinte: nós só valorizamos alguns jogadores quando eles atuam na Europa, não enxergamos os grandes jogadores que atuam aqui, por acharmos que só existem jogadores medianos ou em formação atuando no nosso futebol.

Para mim, Thiago teria vaga certa no time. Existem certas coisas que dificultam isso, todos nós sabemos. Experiência, reputação, histórico e empresário são algumas delas; apesar disso tudo, não consigo ver Thiago Silva fora da seleção brasileira.

Me prendo somente a Thiago pois é o que mais vejo jogar em altíssimo nível, mas outros como Miranda, Breno e Alex Silva certamente teriam vaga na minha seleção.
  • Nossos volantes têm que ser Josué, Mineiro e Gilberto Silva?
Já falei sobre os volantes lá em cima. Não consigo me conformar com isso, me revolto toda vez que vejo a convocação e encontro esses nomes. Pior é quando os vejo em campo. Não me entendam mal, gosto deles, são bons jogadores, mas nada como Anderson, Hernanes, Lucas ou Ramirez. Você deve me criticar achando que só falo de nomes novos, jogadores inexperientes, mas pense comigo: estamos claramente numa fase de transição, e uma hora teremos que dar uma chance aos nosso "garotos". Sou um defensor que devíamos investir na seleção olímpica, mas isso é assunto para outra hora.


Esses são somente alguns pontos da minha revolta. Contando ainda com outras bizarrices como Afonso e Fernando, tenho muitas críticas as convocações de Dunga. Um setor que não temos, infelizmente, muitas opções é o meio-campo. Diego e Julio Baptista são os nomes que se mostram mais evidentes no momento com a ausência de Ronaldinho e Kaká. Uma situação um pouco parecida com o meio-campo vive o setor de ataque. A falta de um atacante referencial para a seleção é um problema que vivemos desde a derrocada de Ronaldo e Adriano (que nunca foi o verdadeiro 9, pois sempre teve Ronaldo na cola). Luís Fabiano, Vagner Love e agora Adriano, tentam assumir essa posição; mas isso mostra-se uma tarefa cada vez mais difícil. Um nome que corre por fora e que logo logo irá preencher esse lugar é Alexandre Pato. Sou fã confesso do jogador. Pouquíssimos atacantes tão novos me trouxeram tanta admiração como trouxe Pato. Completo: chuta, cabeceia, arma e tem explosão. Requisitos básicos para um atacante. E ele tem de sobra cada um desses itens. Com o tempo deve assumir a vaga.


Com tudo o setor que mais me irrita é o de técnico. Não consigo simpatizar com Dunga. Cada vez que vejo seus treinos e jogos sinto-o cada vez mais perdido. Não sabe quem escalar ou que padrão adotar; com isso não faz nenhum nem outro. Escala mal e não obtém padrão.

Como sou um cara otimista, acho que não deve demorar muito para Dunga cair. Basta Ricardo Teixeira ficar irritado e pronto, manda seu fantoche pastar. Para o cargo deles, diversos nomes passam pela minha cabeça e com certeza pela sua. Mas existe um nome que dificilmente passaria pelas cabeças dos torcedores, mas que na minha foi um dos primeiros. Após pensar em Vanderlei, Murici e Abel, parei para analisar os times brasileiros que mais encantaram os torcedores nos últimos anos. Certamente o São Paulo será um deles se falarmos de títulos. Mas e no quesito futebol ofensivo e soldário? Toque de bola envolvente e chegando com muitos jogadores no ataque? Escolhendo volantes que sabem jogar e não brucutus? Na minha visão, esse time era o Botafogo. Com pouco material humano, Cuca formou um time bonito de se ver jogar. Infelizmente carrega um stigma de perdedor. Para mim (diferentemente de muitos) é um dos nomes a se pensar para o cargo. Gosto dos esquemas adotados por ele, é um estilo de jogo que pouco vemos nos gramados. O problema é a "zica" de perdedor.
Se com o limitado elenco do Botafogo Cuca mostrou talento, seu trabalho na seleção seria proveitoso. Enfim, é somente um sonho, tenho certeza. Ele não é meu favorito, mas pensaria no seu nome.


Pronto galera, precisava desabafar.


Mais tarde postaremos uma resenha sobre o sonolento jogo de ontem.


Estamos de volta. Um grande abraço!