O suspense do jogo começou logo nas escalações. Murici não tinha confirmado a presença de Jorge Wagner, e Renato não tinha confirmado a de Dodô. Acabou que Jorge Wagner não jogou e Dodô foi a campo. O técnico do Flu optou por sacar Conca e colocar o atacante, no intuito de preencher o meio campo com Arouca e Cícero, e sair na velocidade com Thiago Neves. Opção errada. Murici, inteligentemente, escalou o São Paulo com três zagueiros, com Zé Luís fazendo a cobertura de Alex Silva e Miranda. Fábio Santos foi escalado para anular Thiago Neves, e os zagueiros anularem os dois centroavantes, Dodô e Washington. Opção correta de Murici.
A pressão são paulina nos primeiros minutos foi avassaladora. O time do Fluminense não passava do meio campo. Thiago Neves apanhava da bola, quando conseguia domina-la, Fábio Santos estava na sua cola. Com Adriano em noite inspirada, o São Paulo não demorou muito para assustar os cariocas. Depois de tabela com Dagoberto, Adriano soltou um balaço em direção ao gol de Fernando Henrique que defendeu de forma esquisita. A 'blitz' não parou por aí, e aos 19 minutos depois de uma falha conjunta da defesa (Gabriel -errou ao centralizar demais na marcação-, Ygor-errou na cobertura de Gabriel- e Fernando Henrique-errou pela 3° vez seguida ao espalmar uma bola pro meio da área-.) Dagoberto chutou, o goleiro espalmou e Adriano só empurrou pras redes. No primeiro tempo, o tricolor paulista ainda podia ter feito mais gols, não aproveitou a superioridade e foi pro intervalo com o 1x0.
No segundo tempo, Renato Gaúcho insistiu na escalação e voltou sem modificações. Murici fez o mesmo, mas a postura dos dois times mudou. O Fluminense ficava mais com a bola no pé e tentava impôr o seu ritmo de jogo, e o São Paulo esparava o Flu em seu campo. Poucas eram as vezes em que a marcação do São Paulo ocorria na frente da zaga Tricolor. Apesar de ficar muito mais tempo com a bola, o Flu não tinha velocidade nem volume de jogo para penetrar a boa marcação imposta pelo time de Murici Ramalho. Fábio Santos não deixava Thiago Neves jogar, Washington e Dodô eram nulos no ataque, e Gabriel e Júnior César estavam mais preocupados em marcar do que atacar; dessa maneira os ataques do Fluminense eram escassos.
Na metade do segundo tempo Renato Gaúcho tentou se redimir e tirou um péssimo Thiago Neves (deu somente um chute perigoso ao gol e mais nada) e colocou o argentino Darío Conca. O meio campo do Flu ganhou em velocidade e disposição. Correndo e lutando bastante, Conca mudou a cara do meio campo do Flu, mas ainda era pouco, somente ele não tinha como penetrar a zaga são paulina. Num dos pouquíssimos ataques dos paulistas, Roger falhou e Adriano tocou para Dagoberto que chutou por cima. Mais uma importantíssima chance perdida. Daí pra frente o resultado parecia satisfatório para ambas as equipes. Num belo lance, o argentino Conca ainda tentou marcar o seu mas não foi possível.
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