Tango Colorado

O Inter foi à Bombonera e não se decepcionou. Após fazer um ótimo resultado em Porto Alegre, o colorado jogava pelo empate ou por uma derrota de até um gol de diferença. Ganhou com autoridade e, merecidamente vai à semi. O adversário será o Chivas, que eliminou o River Plate após um empate em 2x2. O quarteto abaixo forma um dos melhores meio/ataque do Brasil e do mundo. Se mantido, dará muita alegria a torcida colorada.

O time do Boca jogou desfalcado. Riquelme e Dátolo começaram no banco. Batagglia, Ibarra e Palacio nem foram relacionados; assistiram o jogo sentados no chão ao lado banco de reservas do Boca. Nenhum desses fatores diminui o tamanho do feito do Internacional. O estádio estava lotado como de costume, a torcida não parava de gritar um segundo e o Boca partiu com tudo para cima. Figueroa perdeu uma chance claríssima que poderia ter mudado os rumos do jogo. O Boca pressionou, mas não foi efetivo. O Inter soube segurar e partir no contra ataque. O primeiro tempo acabou sem gols.

No começo do segundo tempo o Boca decidiu ir para o tudo ou nada. O De nada adiantou. Aos 3 minutos, após jogada de Nilmar, Magrão aproveitou uma falha da zaga e fez o primeiro do Inter. Àquela altura, o Boca precisaria de mais 4 gols para a classificação. Erradamente o colorado recuou e começou a dar chances ao time argentino. Lauro fez ótimas defesas, certamente um dos destaques da partida. D’Alessando como de costume não se intimidou e Alex em grande fase, desafogava a pressão com passes para o atacante Nilmar. Com o pênalti em Dátolo (ótimo jogador), convertido por Riquelme, por um momento o Boca achou que poderia virar. Engano. Em triangulação entre D’Alessandro e Alex, o último com categoria colocou a bola no fundo das redes. O jogo estava decidido. Ainda deu tempo de Alex demonstrar toda a sua habilidade e aplicar uma ‘caneta’ maravilhosa em Figueroa (confira abaixo). Humilhante.

O Inter lava a alma brasileira e avança as quartas na competição. Depois da derrota botafoguense, marcada pelo descontrolado André Luís e, o fracasso palmeirense, simbolizado pela ridícula participação de Wanderlei Luxemburgo na transmissão da Globo, nada melhor que uma vitória sobre um time argentino. O maior deles. Parabéns ao Inter. Ao decidir deixar de lado o Brasileirão, pode trazer ao país o primeiro título da Copa Sulamericana. É favorito ao título. Aposto neles.

Um exemplo

Nosso assunto não foge muito de futebol, mas no post passado, meu companheiro Danilo fez um ótimo texto exaltando e torcendo pelo nosso piloto Felipe Massa. Foi uma sacada oportuna de Danilo, visto que aquele dia poderia ser um dos mais importantes do automobilismo brasileiro. Poderíamos pela primeira vez um piloto sagrar-se campeão em sua própria terra. Felipe estava a uma corrida da glória.

Como todos nós sabemos, não aconteceu. Felipe conquistou o grande prêmio do Brasil, mas Hamilton chegou em 5°, posição que foi suficiente para levar o título. Mas muito mais do que uma corrida emocionante, o GP do Brasil mostrou ao mundo um exemplo de atleta. Felipe Massa portou-se como um verdadeiro campeão. Triste por não levar o título, mas convencido de que ele estava em boas e merecidas mãos. Mostrou a todo brasileiro, cuja cultura remete a uma aversão a derrotas, que também é válido ser vice. Também é válido parabenizar o próximo. Mesmo aqueles que tentaram culpar a Toyota de Glock não tiveram espaço no discurso de Felipe.



Sua comemoração emocionada no pódio mostra a nós que dói perder um título, mas nos alegra de saber que temos um grande esportista em mãos. Felipe Massa já fez história. Fará ainda mais. Com o Gp do Brasil, Massa nos fez sentir a alegria de assistir uma grande corrida de F1. Fomos permitidos a sonhar com um título que não vem a 17 anos. Acordamos com um novo símbolo do esporte brasileiro.

Papo acelerado

Hoje o post vai fugir um pouco da rotina do nosso blog. Afinal, o Brasil nesse final de semana respira Fórmula 1. Nesse sábado, Felipe Massa garantiu a pole e Hamilton o quarto lugar no grid de largada. Para os que não estão por dentro, uma rápida explicação do que o brasileiro precisa para ser campeão. Chegando em primeiro, ele precisa torcer para o inglês terminar no mínimo na 6ª posição. Se terminar na segunda colocação, Hamilton tem que chegar em 8º ou não somar pontos. Em 3º, Lewis não poderá somar pontos em hipótese alguma. Fazendo assim, uma missão muito difícil para Felipe. Pelo menos o brasileiro conta com muitos pilotos para ajudar. Kimi Raikkonen (seu companheiro de equipe), Fernando Alonso (desafeto confesso de Hamilton) e Nelson Piquet já declararam que Lewis não conta com o apoio de ninguém nas pistas. Até Nelson Piquet, o pai, declarou que muitos no paddock dizem não gostar do inglês.

Contudo, sabemos que Hamilton não é mais uma promessa. Grande piloto, arrojado e muito rápido. Se o título não veio no ano passado e caso não venha nesse ano, futuramente ele deverá ganhar. Mas Felipe Massa é considerado um dos grandes pilotos da categoria. Rápido, abusado e sem medo promete disputar com tudo esse título. E conta com um retrospecto desfavorável contra o primeiro piloto negro da F1. Ano passado, Lewis tinha a mesma situação. Por um capricho, ou melhor, uma falha colocou tudo a perder e dar o título ao Kimi Raikkonen, piloto da Ferrari e companheiro de equipe de Massa. Felipe conta com isso amanhã, não apenas ele, mas os quase 190 milhões de brasileiros.

O Papo Boleiro, faz essa corrente de força para o nosso querido Massinha ser campeão e voltar a trazer um título tão esperado. O último com o eterno ídolo Senna em 1993, nos deixa saudades. Alias Ayrton deixará saudades para sempre em nossos corações e nas pistas. Enfim, o blog passa a corrente positiva para Felipe Massa do Brasil. BOA SORTE, MASSA!

(Brasileiros fazendo campanha bem criativa para Rubes Barrichelo dar uma ajudinha para Felipe Massa)